Taormina é uma meta super romântica e foi exatamente essa cidade que uma leitora do blog, a Luana, escolheu para passar sua lua mel. Ela planejou um roteiro de 6 dias em Taormina, unindo a ele outros dias na Costa Amalfitana e me contou que deram à viagem um ritmo tranquilo, sem aquela preocupação de querer conhecer tudo no menor tempo possível. Nem sempre quantidade é melhor que qualidade, não é mesmo?
Roteiro em Taormina – Por Luana Camargo
Não sei se é coisa de vidas passadas, mas desde criança tenho um verdadeiro fascínio pela Itália, mais especificamente pelo sul da Itália, adorava admirar fotografias de um pequeno restaurante italiano que eu frequentava com minha família quando era criança e essa paixão começou a crescer quando fiz minha primeira viagem à Itália, aos 24 anos, um mochilão pela Costa Amalfitana e Roma. Voltei novamente a esses destinos três anos depois e também conheci um pouquinho da Toscana, mas conforme fui pesquisando por blogs e viagens de amigos e conhecidos, vi que a Itália só ficava mais interessante e autêntica quanto mais ao sul ela fosse e isso culminaria na Sicília.
Esse ano, aos 33 anos, me casei e decidi que não poderia ter uma lua de mel que não incluísse a Sicília. Fiquei meses pesquisando e enlouquecendo para incluir tudo o que fosse possível, mas depois de tantas despesas com a festa de casamento, o bolso já não permitia uma grande jornada, então decidi viajar num ritmo slow, fazendo base uma semana em Taormina, que era meu sonho siciliano e uma semana na pacata Praiano, na Costa Amalfitana, que já era uma queridinha.
Comprei um vôo de ida e volta pelo aeroporto Fiumicino em Roma, com escala em Milão na ida e em Londres na volta. Resumindo, os perrengues foram tantos, com transporte entre aeroportos, 200 euros em taxi, vôos atrasados que atrapalharam a conexão, Polícia Federal, com a qual nunca tive um problema, nem indo a Londres, dessa vez, nos pararam duas vezes em trânsito, o que nos atrasou e me estressou bastante, pois corri o risco de perder o vôo para o meu destino final, tanto na ida, como na volta. Então, eu indico que todo o turista brasileiro vá direto para o aeroporto mais próximo do destino de chegada e volte pelo destino volta, que no meu caso seria Catânia na ida e Nápoles na volta, no fim acaba sendo mais econômico que qualquer promoção de passagem aérea, além de não perder nenhum dia de viagem, eu perdi dois, gastei com hotel pra dormir só uma noite duas vezes em Roma, refeições, vôos low coast, táxis, trens, ônibus, que não aconselho a ninguém fazer o mesmo, pois é perda de tempo, energia e dinheiro.
1º dia: Roma – Catânia – Taormina
Depois de ter dormido uma noite em uma hospedagem rural em Fregene, próxima ao aeroporto de Fiumicino, pegamos um vôo low coast de manhãzinha pela Vueling até o aeroporto de Catânia, embarcamos nossas malas e reservamos antes, no momento da compra da passagem, pois a maioria dos europeus viajam com malas muito pequenas de até 10kg e guardam na cabine do avião, o que não seria nosso caso. Foi um vôo tranquilo de uma hora até o aeroporto de Fontanarossa. Assim que chegamos, na saída já tinha uma cabine da Interbus e fomos de ônibus até Taormina. O ônibus quebrou no meio do caminho e confesso que achei o comportamento dos motoristas meio estranho, eles desciam pra fumar, não eram muito fiéis aos horários da timetable, mas enfim, ainda acho que era o melhor meio de se locomover pelos arredores, pois Taormina não é uma cidade para carros, é extremamente lotada, muitos pedestres, ladeiras e falta estacionamento. Chegamos a Taormina e para nossa sorte, nosso hotel ficava exatamente em frente ao terminal de ônibus na Via Pirandello, o que facilitou enormemente nossa vida.
Ficamos hospedados as próximas seis noites no Hotel Astoria, hotel de uma estrela, mas que mereceria no mínimo três em minha opinião. Além de ter uma fachada linda, é um prédio dos anos 1800, muito bem localizado, limpo, atualizado, tinha um café da manhã delicioso, ótimo custo-benefício e um proprietário muito simpático, Mauro, que até nos deu uma garrafa de prosecco de presente pela lua-de- mel, foi um achado. Outra coisa que facilitou era o fato de ele falar inglês, pois percebi que não era comum em todos os lugares que fomos, tanto para pegar transporte, restaurantes, lojas, etc.
Nesse dia, como chegamos a tarde, passeamos no Jardim Público e na Corso Umberto. Para mim o Jardim Público apesar de ser pitoresco e ter vistas deslumbrantes estava completamente abandonado e sujo. Diversas áreas estavam fechadas “para manutenção”, mas era nítido que não estava tendo manutenção alguma, eram somente áreas visivelmente abandonadas e muita sujas, confesso que fiquei decepcionada, o lugar é lindo, com uma arquitetura super excêntrica para a época, me lembrou o catalão Gaudi, mas faltava cuidado claramente.
Já a Corso Umberto era um colírio para os olhos com suas lojas coloridas e vida pulsante, ela só, já vale uma ida a Taormina e era onde os turistas de bate e volta mais costumavam ficar. Emendando a noite, jantamos no recomendado e fofo La Piazzetta e conseguimos sermos acomodados, mesmo sem reservas. A comida era muito boa, típica do local, porém as porções pequenas, pra quem é acostumado com as cantinas paulistas no Brasil, então realmente é melhor pedir, o primeiro e o segundo prato, como os italianos, como estava com meu marido, achamos que daria pra compartilhar, mas foi pouco pra nós glutões paulistas.
2º dia: Isola Bella e concerto no Teatro Grego
Loucos para ver o que mais queríamos, Isola Bella, tomamos o furnicular e fomos felizes da vida. Passamos o dia no lido maior, que tomava conta da maior parte da praia. As cadeiras de praia e guarda-sol são pagos por pessoa, caro, confesso, mas livre de consumação, então tinha muitas pessoas que levavam sanduíche, bebida, pizza e isso era aceitável. O mar era de uma cor deslumbrante e eu me senti num cenário de propaganda da Dolce e Gabbana por essas horas. A água era geladíssima para os padrões brasileiros, mas eu nadei mesmo assim, tropeçando nas pedras, pois não conseguia me equilibrar mesmo usando aquela sapatilha apropriada.
Fomos caminhando até a pequena Isola Bella, pulando turistas debruçados nas pedras e entramos no seu pequeno museu. As vistas novamente são muito deslumbrantes, porém o museu é bastante precário, sujo e até um pouco engraçado, mas o que era a residência de uma nobre excêntrica do século XIX, Florence Trevelyan, a mesma do pitoresco Jardim Público e muito me lembrou a arquitetura orgânica de Gaudi, hoje é um lugar para admirar vistas e tirar fotos lindas. Saí ao mesmo tempo deslumbrada com o visual e com a sensação de que aquele cantinho precioso poderia ser melhor cuidado.
À noite, reparei uma movimentação em torno do Teatro Grego, com pessoas produzidas, pois estava na época do festival de verão, vi que se tratava da orquestra siciliana e de um famoso cantor local, Neri Marcorè, que eu desconhecia, mas queria assistir mesmo assim. A bilheteria do teatro estava fechada, mas reparei que havia uma bilheteria maior, em um prédio no início da rua, então corri pra buscar meus ingressos a tempo. Entrar no Teatro Grego a noite, foi uma experiência única, ainda mais com aquela música siciliana e com uma plateia de sicilianos, o que era mais legal ainda. Quando fui à bilheteria, a funcionária perguntou por que eu iria se eu sequer conhecia o cantor e fiquei meio chocada com esse padrão de pensamento, pois eu jamais perguntaria a um “gringo” porque ele iria a um ensaio de escola de samba, se ele não conhece samba, afinal, a graça era a experiência e não ser uma entendedora de música erudita. No teatro havia pouquíssimos estrangeiros e um funcionário ficava com um papel pra fazer uma pesquisa relacionada ao turismo internacional em Taormina, a qual eu respondi prontamente. Percebi já nos primeiros instantes, que ali havia uma jóia rara, que o teatro se encontrava completamente vazio em relação a sua capacidade, enquanto a Corso Umberto fervilhava de turistas estrangeiros, a grande maioria de europeus mesmo, alemães principalmente, de brasileiro só vi duas moças que estavam no mesmo hotel que eu, durante toda minha estadia.
O turismo internacional me pareceu pouco explorado, mesmo em Taormina, que é a cidade mais turística da Sicília, o que deixa tudo muito mais autêntico, ao mesmo tempo deixa espaço para ser mais organizado e profissionalizado.
3º dia: Letojanni
Embora houvesse uma oferta enorme de excursões e eu estivesse tentada a fazê-las, como Ilhas Eólias, Siracusa, Agrigento, o Etna, a vontade de ficar por ali era maior, então procuramos aleatoriamente outra praia para ir e fomos ao terminal de ônibus em frente ao hotel para Letojanni, ônibus vazio em plena semana de Ferragosto, paisagens lindas e tranquilas. Ao chegar me apaixonei por essa cidade de praia pacata.
Muito mais barata e lenta que Taormina, nenhum turista típico a vista, somente famílias aparentemente sicilianas curtindo o verão a sua maneira, vi até uma mulher comendo raviólis em um tupperware debaixo do guarda-sol. A orla era enorme e opções de lido não faltavam, por menos da metade do preço de Isola Bella e espaço de sobra. Ficamos no lido “Ciao Ciao” e almoçamos em seu restaurante, que era um deck sobre a praia, enquanto a cozinha ficava do outro lado da rua, a maioria dos lidos eram assim, aliás, comi a melhor comida de toda a viagem, um Risotto de Camarão, com a aparência simples, super bem servido, que dá agua na boca só de lembrar. Meu marido fez amizade com um dos garçons que era paraguaio e esse gentilmente nos providenciou cervejas geladas, como nós brasileiros gostamos, não sei por qual motivo, na Itália toda se toma cerveja “fria”, que pra nós é “quente”, então para desespero dos outros garçons, toda hora ele tirava uma nova Moretti do freezer, para nosso deleite.
O mar era aberto e com algumas ondas, eu entrei com bastante dificuldade e achei meio forte a correnteza, usei mais a ducha do lido para me refrescar. No fim da tarde, depois de uma granitta com brioche na praça, decidi olhar de perto uma linda igrejinha, Parrocchia Di San Giuseppe e pra minha surpresa, nela chegava uma procissão, do dia de Nossa Senhora de Fátima, e eu fiz questão de assistir a missa seguinte, o que acabou encorajando outros turistas curiosos e deu pra entender tudo mesmo em italiano.
4º dia: Spisone
Eu continuava me sentindo culpada por não acordar cedo e tomar uma das excursões, mas meu coração pedia mais Taormina, então fomos de ônibus para a praia de Spisone. Chegar lá foi um pouco mais confuso para nós, ficamos na beira da pista, sem entender qual era o acesso principal, acabei descendo a primeira escada que vi e acabei entrando no lido Dolce Vita, que coincidentemente havia sido indicado pelo proprietário do Hotel Astoria. Decidimos ficar por ali mesmo e seguir no ritmo de “Dolce Far Niente”, com nossos “lettinis e ombrelones”. Almoçamos no restaurante do próprio lido, muito mais movimentado do que o anterior, tinha horas que eles anotavam o pedido e esqueciam logo em seguida, várias vezes, mas tudo bem, nós estávamos muito relaxados para qualquer stress desnecessário, almoçamos peixe espada empanado e spaghetti com vôngole, muito gostoso e um delicioso tiramissú pra fechar.
À noite voltamos ao centrinho de Taormina e eu estava doida para comer em um lugar lotado que eu não havia entendido bem o que era, se chama ironicamente Strit Fud, comida de rua. Depois da fila tumultuada e do calor do forno, pedi pizzas, foccacias, arancini e umas cervejas para levar e comemos na rua mesmo, em uma escadaria linda, com bancos para sentar. Na parte de cima da escadaria havia alguns bares com mesas voltadas pra escada e na parte mais baixa, onde estávamos, casas de moradores. Reparei que a moradora da casa da frente estranhou a nossa presença e abriu a porta várias vezes, então entendi que ficar sentado comendo em praça talvez não seja muito comum lá, como é na Espanha por exemplo, sendo assim, comi mais rápido do que gostaria, pois foi meio incômodo. Voltamos a Corso Umberto para um sorvete e parei numa loja muito legal de óculos de sol de madeira, da marca GUFO, percebi que era o “hit do verão” e como eu já tinha perdido os meus no mar “bravinho” de Letojanni, decidi lançar um pra mim e me virei para me fazer entendida, pois a vendedora não falava ou compreendia inglês, então foi à base da mímica com um remix de palavras em português, espanhol e italiano a nossa conversa.
Reparei, ao longo da viagem, que na Itália não tem muito a cultura do “vendedor”, você compra se quiser, ninguém tenta te persuadir ou sequer te abordam, é escolher e ir para o caixa e se precisar de ajuda, ser o mais clara possível, pois senti certa preguiça, enfim, estranho para uma brasileira, proprietária de uma loja de shopping.
5º dia: Ortigia
Com os dias avançando, sabia que se quisesse conhecer uma cidade mais distante, teria que ser “agora ou nunca” e decidi por Siracusa, que pra mim era uma opção mais palpável que Agrigento, que seria uma excursão muito corrida pela distância e eu já não sou chegada a excursões, pois acho muito rápido e tenho a impressão que ninguém curte nada, só fica tirando foto com pressa e não era esse meu objetivo. Já as ilhas eólias seria um passeio mais caro e eu estava controlando bem a grana, pois como já mencionei, estava no esquema “low budget”, então vai ficar pra uma próxima, pois com certeza haverá próximas no que depender de mim.
Fomos pra Siracusa de ônibus da Interbus, sem nenhum tipo de guia ou excursão. Chegamos num terminal na parte nova da cidade, mas ficamos meio “perdidos”, então tomamos um taxi até Ortigia. O sol estava a pino, em pleno meio dia do verão siciliano, então batemos perna, com muita água e muito protetor solar. Ortigia por si só, vale dias de passeio, mais as atrações de Siracusa, daria uma bela viagem, mas ali era um bate e volta e curtimos o máximo que pudemos, percorrendo suas vielas e praças, a lindíssima, aliás a mais linda praça do mundo, na minha opinião, a Piazza Duomo, me senti na Magna Grécia caminhando naquele piso de mármore e tudo era tão “branco” que chegava a brilhar de verdade.
Depois, uma parada para um almocinho leve no fofíssimo e “sombreado” Cala Piada, na única sombra que encontramos em Ortigia. Serviam deliciosas “piadas”, que é uma espécie de “crepe” italiano, saladas leves, sucos e cervejas, super charmoso, comida boa e atendimento simpaticíssimo, parecido com os restaurantes moderninhos da região de Pinheiros em São Paulo.
Confesso que nunca senti tanto calor em minha vida, mas meu marido tinha um truque na manga, ou melhor, na mochila e depois de praticamente derretermos ao longo do dia, tiramos o fim de tarde pra dar um mergulho rápido, numa espécie de prainha local, com água meio “empoçada”, mas que estava cheia de moradores fazendo a festa. Nos trocamos na própria praia e algumas pessoas nos olhavam com estranhamento, pois não era lugar de turista, mas o sol estava tão forte que nadar na praia mais estranha que já fui na minha vida nos deu alívio pra continuar a caminhada.
Depois fomos nos perdendo, numa incrível ilusão de ótica, voltamos ao mesmo lugar que estávamos, então lançamos um mapa e por sorte encontramos um ônibus de volta já do outro lado da ponte, em “Siracusa” e o motorista de ônibus nos indicou o caminho do terminal com as mãos. Voltamos sujos, cansados e felizes.
6º dia: Isola Bella e Castemola
Um pouco exaustos do bate e volta alucinante e escaldante a Siracusa, como esse seria nosso último dia, decidimos voltar ao ritmo da preguiça e lá fomos pro furnicular rumo a praia de Mazzarò, já que já havíamos ido a Isola Bella. Não encontramos nenhum lido em que pudéssemos nos instalar, pois todos eram privativos e pertenciam a hóteis, eu não consegui enxergar nada que parecesse público, então decidimos voltar a Isola Bella. Para nossa decepção, o lido estava lotado e não havia mais cadeiras, cansados e munidos da nossa “farofa”, arancinos, paninis e cervejas, compramos um guarda-sol e estendemos as nossas cangas nas pedras da parte pública, que também estava lotada, mas era o que havia e o que o corpo pedia, em mais uma linda tarde de sol e mar.
Depois de um banho e já descansados, fomos no fim da tarde de ônibus rumo a Castemola, uma cidadezinha minúscula medieval, no topo da montanha, acima de Taormina, uma espécie de “Ravello” siciliana em miniatura. Tiramos fotos lindas na parte de cima do castelo, com direito a pôr-do- sol e o vulcão Etna ao fundo. Havia um pequeno “museu”, mas assim que voltamos do pôr-do- sol para ver a história do Castelo ele já estava fechado, uma pena. Depois das fotos mais lindas e de um visual que parecia ter saído de um quadro impressionista, fomos procurar um restaurante e é claro que eu já informada, queria ir ao Turrisi.
O Turrisi é um bar que é uma atração local, devido a sua “temática fálica”, tudo lá se trata e tem formato de pênis, uma mistura de Kitsch com antigo, que eu fiquei meio sem entender de onde saiu tudo aquilo, como havia muitas mesas sobrando, perguntei ao garçom se havia lugar e fui subindo pelos andares, quatro, sendo no último um terraço. Quando sentei outro garçom nos expulsou em alto tom de voz, bastante efusivo, dizendo que só poderia entrar com reservas, nos dando uma dura, sendo que o outro tinha acabado de dizer que havia lugares, constrangida, saí e fiquei com uma péssima impressão, pois além de ter sido mal tratada, achei muito sujo, vazio e sem música, então não entendi essa “casa lotada com reservas”, pois não era o que parecia. Sinceramente, decepcionante.
Na pracinha, logo em frente, sentamos na primeira mesa que vimos na Pizzeria Menta e Peperoncino, dos mesmos donos do Bar Turrisi, para minha surpresa, mas ao contrário de lá, o atendimento era super cordial e familiar, pizza deliciosa, rápido, vista bonita, tudo de bom, um alívio merecido.
7º dia: rumo a Costa Amalfitana
Acordamos com o dia trovejando, com chuva forte, tomamos nosso último café da manhã delicioso no Hotel Astoria e partimos rumo a Costa Amalfitana. Quero dizer que a Sicília me deixou com gosto de quero mais, provei comidas deliciosas, vi paisagens deslumbrantes, italianos de verdade curtindo suas férias italianas. Enfim, entrei no Interbus já com saudades rumo ao aeroporto Fontanarossa, com a Sicília batendo no coração, com certeza o lugar mais especial e autêntico em que já fui na Itália.
Sobre a Costa Amalfitana, prefiro falar de forma resumida, pois o blog trata da Sicília, além de ser um lugar em que já fui mais vezes e conheço com mais propriedade. Acho que dá uma boa dupla essa viagem, Sicília – Costa Amalfitana e há várias possibilidades de transporte, ferry, ônibus, trem, carro, avião, que foi o que optamos, num vôo de uma hora de Catânia a Nápoles. Pegamos um vôo low coast, já comprado anterioremente, da EasyJet de Catânia para Nápoles e depois de ônibus Currieri até Sorrento, portal de entrada da Costa Amalfitana, cidade maior e onde a maior parte dos turistas ficam e um ônibus SITA até Praiano, onde fiz base.
A Costa Amalfitana é voltada ao turismo internacional e cada vez mais ao turismo de massa, com excursões organizadas, a maior parte desse turismo acontece nas principais cidades: Sorrento, Positano e Amalfi, com “bates e voltas” organizados diurnos para idílica Ilha de Capri e vespertinos para a encantadora Ravello, cidade na parte alta, com concertos de música clássica anuais.
Quanto mais ao sul, mais autêntica e menos famosa, caso de Praiano, Conca dei Marini, Maiori, Minori, Cetara e Vietri Sul Mare. Como já havia me hospedado em Sorrento duas vezes, queria a Costa Amalfitana “dos italianos”, então aluguei uma casa em Praiano, que é uma comuna depois de Positano, acessível, pacata, bem mais barata que a jetsetter Positano, com praias estonteantes. Alternei dias de preguiça e praias locais, com idas a Positano, Ravello e Capri. Voltei porque sou apaixonada por esse ponto da Itália e queria mostrar essa beleza toda a meu marido, que nunca havia estado no país. Aqui tudo era mais lotado que na Sicília, praias, ônibus, restaurantes e eu ouvia muito mais inglês do que italiano nas cidades mais famosas. Positano mesmo, há 10 anos, a maior parte eram famílias italianas, crianças brincando e agora está um turismo mais de massa, principalmente de americanos, multidões de turistas, quase nada de espaço de praia pública, sendo que antes era justamente o contrário, então apesar de continuar linda, essa super exploração também traz alguma perda do charme.
Foram dias de descanso ao mar, de descobrir lugares novos e rever lugares do coração. A Sicília tem muito a ser visto e em conversas informais na Costa Amalfitana, descobri que chegava a ser um destino incomum até mesmo para os italianos, o que me causou certo espanto, pois é muito perto! Mas aí raciocinei que sou brasileira e nunca fui a Amazônia, que o mundo é grande e cheio de jóias raras e eu descobri uma que se chama Sicília.
***
Planeje sua viagem
Hotéis em Taormina
Alugue um carro para viajar para e pela Sicília.
Viaje pela Sicília com o conforto de um transfer privativo
Faça um tour guiado particular em português em Taormina e em diversas cidades da Sicilia
Passeio de barco pelo litoral de Taormina
Chip de celular para usar na Sicília
Faça uma cotação do seu Seguro Viagem