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O Teatro Grego de Siracusa e o Ouvido de Dionísio


Conheça o Teatro Grego de Siracusa e o Parque Arqueológico, onde você encontrará a caverna “Ouvido de Dionísio” com sua acústica perfeita.

 

Siracusa, fundada no século VIII a.C. por gregos provenientes de Corinto, era a cidade mais importante da Sicília Grega e uma das maiores metrópoles do mundo clássico. De fato, parte daquela Siracusa vive ainda hoje na Neapolis, o Parque Arqueológico que reúne os mais importantes monumentos daquele tempo.

O Parque se encontra fora de Ortigia, o centro histórico de Siracusa, em meio a uma área verde da parte moderna da cidade e tem uma extensão de 240.000 m². Os monumentos que fazem parte dele são Anfiteatro Romano, o Altar de Hierão II, o Teatro Grego, o Ouvido de Dionísio e as Latomias.

Sem dúvida alguma é um lugar imperdível para quem visita Siracusa, sobretudo se você for apaixonado por história.

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Anfiteatro Romano

O Anfiteatro Romano é o monumento mais “recente” do parque e como o nome mesmo diz, foi construído em época romana, entre o II e o IV século d.C. Embora  pouco preservado, ele é o maior anfiteatro da Sicília e um dos maiores da Itália. Além disso, era um lugar onde acontecia o combate dos gladiadores, os quais lutavam entre si ou com animais selvagens.

Siracusa – O Anfiteatro Romano no Parque Arqueológico de Neapolis

No século XVI, os espanhóis saquearam os blocos de pedra que revestiam o anfiteatro para fortificar a ilha de Ortigia, e por isso hoje em dia tudo que resta é a parte escavada diretamente na pedra.

Túnel por onde passavam os gladiadores antes de entrar na arena

Altar de Hierão II

O Altar de Hierão II, (em italiano, Ara di Ierone) é o maior do Mundo Grego ainda existente. Dedicado a Zeus, foi construído no século III a.C por ordem do tirano de Siracusa, Hierão II, e possui quase 200m de comprimento.

Neste altar se celebrava cerimônias grandiosas. Por exemplo, diz a lenda que 450 animais chegavam a ser sacrificados de uma só vez para mostrar, não só aos deuses mas também aos inimigos, a força de Siracusa. O altar era originalmente rodeado por pórticos, mas hoje resta somente a base.

Ruínas do Altar de Hierão II

Latomia do Paraíso e Ouvido de Dionísio

Antes de mais nada, as latomias era pedreiras de onde se extraía o material utilizado para construir os monumentos de Siracusa. Além disso, após a extração das pedras, as cavernas serviam de prisão para escravos.

De todas as cavernas do parque, a única que pode ser vista por dentro é o chamado “Ouvido de Dionísio” (em italiano, Orecchio di Dionisio) e tem esse nome por possuir a forma de um ouvido.

A história conta que foi o pintor Caravaggio, refugiado em Siracusa após fugir de Malta, a batizá-la com esse nome. Além disso, esta caverna amplifica muito os sons e, por este motivo, diz a lenda que o rei de Siracusa, Dionísio, colocava ali seus prisioneiros de modo que pudesse ouvir, sem ser visto, tudo o que eles conversavam.

A entrada do Ouvido de Dionísio

A acústica da caverna permite amplificar o som de forma excepcional, tanto que antigamente era muito utilizada para compor e representar óperas e peças de teatro.

A caverna de dentro para fora para dar uma ideia da sua altura. Confesso que morri de medo lá dentro!

A caverna Orecchio di Dionisio tem 65m de profundidade, 23m de altura e sua largura varia entre 5 e 11 metros.

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O Teatro Grego de Siracusa

Por fim, o último, mas não menos importante, monumento do parque arqueológico é o Teatro Grego de Siracusa, cuja construção iniciou no século V a.C.

Antes de tudo, o imenso teatro que vemos hoje é somente uma parte do original. Isso porque ele também foi depredado no século XVI. Sendo assim, o que resta é a parte mais baixa, que era escavada na pedra, então dá para imaginar o quanto fosse imponente.

Além disso, como a acústica ainda é muito boa, todos os anos o teatro recebe espetáculos de tragédias gregas (nada mais sugestivo, não?)

Teatro Grego de Siracusa

Onde inicialmente existia o pórtico superior do teatro, hoje encontram-se tumbas. Elas foram construídas no período bizantino, mas delas hoje restam somente as cavidades. Em meio às tumbas há uma gruta artificial, chamada Gruta do Ninfeo e que antigamente deveria se encontrar no centro dos pórticos, rodeada por estátuas de musas.

Teatro Grego de Siracusa

Parte superior do teatro grego de Siracusa com suas tumbas esculpidas na rocha

Esta área era dedicada ao “Mouseion”, templo das musas, ou seja a sede da corporação dos atores. Além disso, é provável que ela se inspirasse na “Fonte das Musas”, que transformava em poeta quem bebesse da sua água.

Dicas para visitar o Teatro Grego de Siracusa e o restante do parque

  • Dedique pelo menos 1h30min para conhecer o parque e use calçados adequados para caminhar entre pedras;
  • O parque tem horários de abertura diferentes, de acordo com o mês do ano. Por isso, certifique-se que esteja aberto quando você for. De qualquer forma, eu aconselho que você escolha o período da manhã, sobretudo por causa do calor.
  • O ingresso inteiro custa €12 ou €15,50 se adquirir o combo que inclui o Museu Arqueológico. Clique AQUI para ver mais detalhes, horários, e comprá-los com antecedência.
  • Nos meses de maio e junho, por causa dos espetáculos, são montadas as estruturas por cima das arquibancadas do Teatro Grego. Por este motivo, não dá para contemplar o esplendor do teatro “nu”, sem cadeiras, holofotes, andaimes, etc.
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Enfim, infelizmente no parque não há nenhum tipo de informação sobre os monumentos. É um absurdo, mas são coisas que acontecem na Sicília. Por isso, eu aconselho que você leve seu material “de casa”, use seu smartphone, ou contrate um guia de turismo (veja AQUI como contratar um tour privativo em português em Siracusa).

 

10 comentários em “O Teatro Grego de Siracusa e o Ouvido de Dionísio”

  1. Olá Patrícia,
    Dá para ir de bicicleta até o teatro?
    Vou ficar um dia em Siracusa, gostaria de dar uma volta pela ciclovia e conhecer o parque arqueológico.
    Abraço
    Fabi

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