Montalbano Elicona é um vilarejo medieval localizado no nordeste da Sicília, a cerca de 1h de carro de Messina, entre a montanhas e o mar. Sem dúvida é um daqueles lugares perfeitos para quem gosta de conhecer cidadezinhas minúsculas (tem menos de 2500 habitantes!), que parecem que pararam no tempo.
Além disso, é uma boa opção de passeio de um dia para quem está de carro e parte de Taormina, Catania ou Messina.
Com suas belas paisagens, as casas de pedra, a atmosfera medieval um labirinto de vielas, Montalbano Elicona, felizmente, ainda não é alvo do turismo de massa. Até porque chegar lá não é uma tarefa das mais fáceis. De fato, o vilarejo ainda um lugar mágico e silencioso, que valoriza suas tradições, sua história e cultura.
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O que ver em Montalbano Elicona
Meu passeio em Montalbano Elicona começou pelo castelo, uma construção que domina o panorama da cidade.
Como a primeira impressão é a que fica, logo tive uma opinião positiva de Montalbano Elicona. De fato, ao chegar ao castelo, dirigindo-me à bilheteria, percebi que todos os turistas são bem recepcionados pelos funcionários, que fornecem um folheto explicativo do castelo e um mapinha da cidade onde estão ilustradas as principais atrações.
Enfim, o castelo serve também como centro de informações turísticas e foi mesmo ótimo ter começado o passeio por lá.

Entrada principal do castelo
A história do Castelo
O castelo de Montalbano Elicona remonta ao início do século XIII e foi construído e fortificado pelo Imperador Frederico II da Germânia. Depois de ser destruído em 1233 durante uma revolta popular, foi reconstruído entre 1302 e 1308 por Frederico II de Aragão. Este transformou o castelo em uma residência real de verão e foi durante o seu reino que o lugar alcançou o máximo de seu esplendor.

Pátio do castelo visto da parte mais alta, onde está a torre.
Hoje em dia, nas salas do castelo abertas à visitação, se encontram dois pequenos museus: um de armas brancas medievais, outro de instrumentos musicais da época. São todas reproduções feitas por artesãos locais.

Exposição com reproduções de armas brancas e vestuário da Idade Média.
Horários de funcionamento do castelo:
- Às segundas-feiras, das 14h30 às 17h30;
- De terça a sábado, das 10 às 13h e das 14h30 às 17h30
- Domingos e feriados, das 10 às 17h30
O bilhete inteiro custa 3 euros.
As ruas do vilarejo
A melhor coisa para fazer em Montalbano Elicona é mesmo passear sem pressa por suas ruazinhas de pedra e se deparar, ao virar numa esquina, com uma paisagem deslumbrante. Além disso, nos dias claros é possível ver as Ilhas Eólias!

Apesar do céu azul, havia uma leve neblina cobrindo as ilhas, mas na foto é possível entrever Salina (os dois montinhos no horizonte).

Não é um charme?
As igrejas
Entre uma rua e outra fui me deparando com algumas igrejinhas, quatro se me lembro bem, um bom número para uma cidade tão pequena.

Essa é a igreja de Santa Catarina,com seu portal românico, construída por volta do século XIV.
A Igreja Matriz de Montalabano Elicona, também chamada de Basílica Menor, remonta à Idade Média, mas foi ampliada no século XVII. Ela é dedicada a São Nicolau, padroeiro da cidade.

a Basílica por fora…

… e por dentro.
As rochas megalíticas e o planalto do Argimusco
Já fora de Montalbano Elicona se encontram as famosas rochas megalíticas que foram apelidadas de “Stonehenge da Sicília“, um apelido um pouco exagerado, na minha opinião. Essas rochas são um dos poucos exemplares de megálitos da Itália e não se sabe ao certo a origem delas. Para alguns trata-se simplesmente de uma formação natural, enquanto para outros são obras de uma civilização primitiva.
Independente da origem, os megálitos chegaram aos dias de hoje, e são carregados de lendas e mistérios que têm raízes milenárias. Além disso, o lugar tinha uma grande importância no mundo antigo, pois está situado entre duas importantes colônias gregas: Tíndari e Taormina.

Megálito em forma de águia, talvez o mais interessante de todos, porque lembra claramente a forma do animal. Uma curiosidade: o bico aponta para o vulcão Etna!
Enfim, para chegar lá é necessário seguir as indicações para o “bosco di Malabotta”. Depois de cerca 5 km, há um entroncamento com uma placa indicando o bosque. Veja AQUI onde fica exatamente.
Onde e o que comer em Montalbano Elicona
Segundo o TripAdvisor, há bem 14 restaurantes em Montalbano Elicona. Eu realmente não vi esse número todo de estabelecimentos e, como já passava das 14h, fui obrigada a entrar no primeiro que encontrei. Almocei no Ristorante Pizzeria del Castello, um lugar muito simples, com preços médio-baixos, porções abundantes e satisfatórias. Pagamos 26 euros no total por uma entrada que servia duas pessoas, dois pratos de massa e meio litro de vinho da casa.
Os produtos típicos daquela área são sobretudo queijos (vários tipos de ricota e de provolones) e salames produzidos com o chamado maialino nero dei Nebrodi (porquinho preto dos Nébrodes). Certamente vale a pena parar em um açougue ou uma mercearia tradicional para levar alguns salames para casa!
Como chegar a Montalbano Elicona
De carro. Como falei no início do texto, o vilarejo dista cerca de 1h de carro de Messina (72km). Quem vem de lá, tem que seguir pela autoestrada Messina-Palermo e pegar a saída para Falcone. Por outro lado, quem parte de Taormina ou Catania, tem que enfrentar um trecho maior de estradas de montanhas, com muitas curvas fechadas. Veja o mapa abaixo:
Onde estacionar: Foi muito simples estacionar em Montalbano Elicona. O GPS nos levou ao centro, até onde era possível circular de carro. Há uma barreira que delimita o lugar até onde os carros podem ir, mas perto dela há várias ruas secundárias onde é possível deixar o carro sem problemas.
De transporte público: Há um único ônibus por dia para Montalbano Elicona e ele sai da cidade de Barcellona Pozzo di Gotto (onde dá para chegar de trem). A empresa de ônibus é a AST.
Com um transfer privativo: Você pode chegar a Montalbano Elicona com o conforto de um transfer com motorista particular. Peça um orçamento.
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Olá Patricia, não tenho recebido suas publicações no meu email, apesar de estar cadastrada. Poderia verificar o que aconteceu?
Obrigada,
Loanda