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Descobrindo a Sicília

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Mochilão na Sicília: o roteiro de Vivian

Já pensou em fazer um mochilão na Sicília? Vivian, que tem 21 anos, é estudante de Direito na PUC Minas e faz intercâmbio de na Universidade de Colônia, passou 17 dias na Itália, dos quais 13 na Sicília e 3 em Nápoles e Costa Amalfitana. Agora ela conta aqui para a gente como foi viajar sozinha e dá super dicas para quem quer encarar uma viagem deste tipo.

Mochilão na Sicília, Nápoles e Costa Amalfitana – Por Vivian Marques

Nas minhas férias da faculdade aqui na Alemanha queria ir pra Itália de toda forma. O tempo que estava pretendendo era diferente dos meus amigos daqui, então acabei decidindo ir sozinha mesmo e me aventurar nesse pais incrível ! Esse foi meu terceiro mochilão, e meu primeiro sozinha. Gosto muito de viajar e procuro sempre fazer isso da maneira mais barata, uso sempre o transporte público para distâncias grandes, e quando possível, vou andando mesmo.

A primeira coisa que olho são as passagens de ida e volta, para depois programar exatamente os lugares.

DICA: Olho sempre as passagens no Skyscanner, é um aplicativo maravilhoso que nos permite ver o gráfico de preços de passagens do mundo todo. Como sempre, viajei pela Ryanair.

Comprei minha passagem de ida para o dia 17 de Agosto (chegada em Palermo) e volta dia 2 de Setembro (volta pelo aeroporto de Bergamo-Milão, pois estava 10 euros). Total da viagem: 17 dias. Achei um ótimo tempo pra visitar a Itália, pois estava quente mas não estava um calor insuportável como todo mundo aqui da Alemanha estava me falando. No final de Agosto já começa a ficar mais fresquinho e creio ser diferente de Julho, inicio de Agosto, quando falam que é extremamente quente.

Da compra das passagens à elaboração do roteiro

Depois que compro as passagens, é hora de programar pras quais cidades vou e quanto tempo vou ficar. Sou apaixonada pela Sicília, então li bastante sobre a região e escrevi os vários lugares que gostaria de ir.

Depois de uns dias olhando as passagens de trem e ônibus que iria ter que fazer na região percebi que seria impossível eu visitar mais de 5 cidades em curto período – estava programando ficar 13 dias na Sicília. Dessa forma, olhei a cidade que iria chegar ( Palermo) e vi quais cidades eram “caminho” pra eu pegar o trem e ir pra Nápoles – queria muito ver a Costa Amalfitana. Decidi então: Chegar em Palermo e ficar 5 dias ( e fazer bate-volta em Cefalù e Mondello) , depois descer pra Siracusa, subir a Taormina e de lá, pegar o trem e ir a Nápoles.

Creio que foi a melhor forma de conhecer um pouco da Sicília, prefiro ficar mais tempo nas cidades e aproveitar do que ficar cada dia em uma, pois assim, cansamos tanto que nem aproveitamos (lembrando que sozinha, não temos ninguém pra olhar nossa mochila ou ajudar em algo que nos deixe mais tranquilo, o que requer mais atenção).

Mochilão na Sicília

Foto: Vivian Marques

Bom, esse foi meu roteiro:

 

1ª Parada – PALERMO: 17-22 Agosto

Peguei meu voo de colônia pra Palermo direto, facilmente achei o ônibus que me levava pra estação central. Comprei o bilhete na hora, entrei no ônibus, esperei 50 minutos e quando saí da estação já percebi uma grande característica de Palermo, uma cidade muito movimentada e um pouco barulhenta.

MEU HOSTEL:

On the way Hostel Palermo: ele fica bem perto da estação central, foi bem fácil achar. Escolhi ele pois como estava sozinha não queria correr o risco de ficar perdida na cidade logo já no primeiro dia. O hostel foi bom, limpo, com café da manha, 18 euros a noite, só houve um problema: Fiquei em frente a Via Roma, avenida principal da cidade e quase não dormi, pois como falei, achei a cidade era barulhenta, mas adorei mesmo assim.

Assim que chegamos nos albergues e fazemos o check-in eles nos dão o mapa da cidade com todas as informações possíveis. Como estava cansada, tomei banho, fui dormir e no outro dia acordei bem cedo e tomei café da manhã dando uma olhada no mapa e pensando onde iria primeiro, adorei o fato de estar sozinha e não ter que combinar com ninguém o que fazer.

Fiquei 5 dias lá. Turistei na cidade por dois dias e os outros 3 fui a Cefalù, e outras praias perto que não lembro o nome pois estava acompanhada da família italiana do companheiro de uma tia minha. Quando lembro de Palermo, lembro dos mercados e das comidas de ruas que são realmente incríveis! Como é uma cidade pequena, a melhor forma é ir caminhando e achando as coisas sozinha mesmo, a cada esquina tinha uma surpresa.

Mochilão na Sicília - Cefalù

Cefalù – Foto: Vivian Marques

Achei Cefalù simplesmente linda ! Vale a pena passar o dia todo lá, ir à praia, se perder nas ruazinhas e visitar a Catedral . Foi uma das cidades que mais gostei.

 

Para comer e beber:

– Cafeteria Settimo

– Brioscia Gelateria (imperdível, o melhor Gelato de Palermo )

Aranice d’autore Ke Palle (o melhor arancino de Palermo)

 

Mochilão na Sicília

O gelato da Brioscià – Foto: Vivian Marques

 

2ª Parada – SIRACUSA: 22-26 Agosto

De Palermo fui para Siracusa de ônibus. Foi bem fácil chegar até lá, comprei a passagem na estação central de Palermo 1 dia antes e achei bem tranquilo de achar tudo!

O terminal de ônibus de Palermo fica dentro da estação, e no centro da estação tem placas indicando onde é o terminal, ou seja, não tem erro. A viagem demorou umas 3 horas e em Siracusa usei o Couchsurfing.

Pra quem não sabe, o Couchsurfing é um site que a pessoa se dispõe a receber você, cada um tem um perfil, como se fosse um facebook e à medida que as pessoas vão se hospedando e ficando na casa dos outros, elas vão escrevendo referências. No inicio fiquei com medo, pois sou mulher e estava sozinha, mas olhando bem para quem vai mandar mensagem, é bem tranquilo, mas claro, todo cuidado é pouco. Pesquisei bastante sobre todas as pessoas que escrevi!

Essa foi a melhor parte da minha viagem, pois o meu Host, Giorgio, um italiano que morava logo acima do mercado mais famoso de Siracusa, estava com mais hóspedes na casa, então foi muito divertido. Foi ótimo acordar com os italianos gritando os preços do mercado. Nos mercados da Sicília é assim, parece uma competição de quem grita mais. E nós turistas só nos divertimos com tudo isso!

Adorei a cidade, na realidade, fiquei em Ortigia, centro histórico de Siracusa. Incrivelmente charmosa, fiquei 3-4 dias, mas se pudesse, teria ficado mais!

Foto: Vivian Marques

Foto: Vivian Marques

 

3ª Parada. TAORMINA:26-29 Agosto

Minha próxima parada era Taormina. Usei o Aplicativo “Busradar” pra ver como iria chegar até lá. O Busradar tem todas as opções de ônibus na Europa, e te direciona para o site da empresa, sempre uso ele e pra nós viajantes econômicos é extremamente necessário.

Enfim, vi uma opção do Trenitalia, onde iria sair de Siracusa, ir a Catania e de Catania a Taormina. Cheguei à Estação de Siracusa 1 hora antes e comprei o ticket, só que o homem que me vendeu, falou que primeiro era ônibus e depois um trem. Isso aconteceu porque havia obras na ferrovia e uma parte dela estava interrompida.

Enfim, depois de ter feito o percurso de Siracusa a Catania de ônibus, peguei o trem e cheguei a estação Taormina Giardini. Chegando lá, fiquei confusa, pois não sabia qual direção teria que pegar o ônibus pra ir pro meu Hostel (que era em Giardini Naxos – outra cidadezinha), mas depois olhei bem ao meu redor e vi que bem em frente do lugar onde você desce da Estação de trem tem 2 placas enormes. Uma escrito TAORMINA com uma seta pra direita, e a outra escrito GIARDINI com a seta para o sentido contrário. Então atravessei a rua e esperei o ônibus no sentido contrario (indo pra Giardini), mas mesmo assim, perguntei ao pessoal que estava lá esperando se estava mesmo certo.

Mochilão na Sicília

A estação ferroviária de Taormina – Foto: Vivian Marques

Mostrei a eles o lugar no Google Maps onde teria que ir e eles confirmaram!

Dica: sempre procuro chegar de dia nos lugares, pra não correr o risco de chegar a noite e não ter ninguém ou não conseguir achar informação. Mais uma vez o Google Maps me salvou, pois como estava marcado o endereço do hostel no aplicativo, eu sabia onde teria que descer do ônibus.

O HOSTEL:

Gianni House. Simplesmente um dos melhores que já fiquei, muito limpo e realmente parecia uma casa de tão confortável. Foi tudo bem tranquilo de achar e não fiquei perdida em momento nenhum, com o auxílio da internet foi tudo muito fácil. É só pegar o ônibus sentido Giardini e para na parada chamada Renault. O motorista do ônibus vai parar nela e dar um berro com o nome da estação, e você turista, lógico, vai perguntar se é a estação mesmo e vai descer com aquela cara de perdido do mesmo jeito.

DICA: como falei, uma coisa que sempre faço é, antes de sair de um hostel, eu digito o outro lugar no aplicativo google maps e coloco no mapa pra carregar tudo. Assim, mesmo sem internet, ele vai acompanhando a gente, então sabemos direitinho onde estamos e onde devemos parar . Procuro ao máximo saber onde estou indo pra evitar imprevistos e estresses, creio que isso foi essencial já que estava viajando sozinha.

De Giardini a Taormina é fácil, tem ônibus a cada 15 minutos e custa 1,80 Euros. Fui 2 dias pra lá, turistei bastante e a ida de ônibus te faz ver belas paisagens e claro, a praia de Isola Bella, a mais bonita de todas ! Taormina é uma cidade bem pequena e super charmosa, bem turística e achei que super valeu a pena! Queria ter ficado mais nela pois o meu Hostel era muito bom, e até a praia de Giardini era legal, mas não deu, pois já tinha comprado minha passagem para Nápoles.

O que mais valeu a pena : Teatro Grego de Taormina – para estudantes não europeus, leve o passaporte ! Com o passaporte a entrada é 5 euros, sem o passaporte, 10 euros ! A mulher queria que eu pagasse 10 pois estava sem o meu, mas mostrei minha carteirinha de estudante da Alemanha e ela fez por 5, adorei esse espirito siciliano !

Mochilão na Sicília

Teatro Grego de Taormina – Foto: Vivian Marques

 

4ª parada – NÁPOLES: 29-02 Setembro

Dia 29 começou minha ida a Nápoles. Eu demorei a comprar no site do Trenitalia e acabei perdendo o trecho Taormina-Nápoles “direto”, todos os bilhetes já estava vendidos. Fiquei uns 2 dias pensando e pesquisando como iria sair da Sicília, não conseguia passagens de forma nenhuma…

Abri o Google Maps no meu computador e olhei toda cidade grande que tinha até chegar a Nápoles. Descobri uma cidade chamada Paola, na Calábria, e vi que o trecho Taormina-Paola era barato: 25 euros. E de Paola a Nápoles era bem acessível também (8 euros)… Na hora de comprar fiquei com um pouco de medo pois não tava entendendo a trajetória de como sair da Sicília. De Taormina iria para Messina Centrale, depois Messina Marítima, depois Vila San Giovani, só depois Paola, não estava entendendo nada.

Enfim, quando cheguei à estação de Taormina, o homem que trabalha lá me explicou tudo. Eu precisava pegar uma balsa pra sair da Sicília, e não existe um trajeto direto. Acabou dando tudo certo e o melhor, na viagem sempre encontramos pessoas que estão indo pro mesmo lugar, então tudo se torna bem fácil , é só não ficar com vergonha de perguntar. Sempre pergunto tudo, antes de entrar no ônibus, no trem, todo lugar. E nisso encontro muitas pessoas que estão assim como eu, viajando sozinha, umas indo pra Roma, outras para Nápoles, outras para Milão. Chegando em Paola, esperei 2 horas pelo meu trem, e finalmente cheguei em Nápoles.

Minha experiência em Nápoles

Chegando la percebi uma diferença enorme em relação a Sicília. Nápoles é bem agitada, um pouco escura e diferente da região linda que é a Sicília. Fiquei no “Hostel of the Sun Napoli” e adorei! Mais um hostel ótimo que escolhi, muito limpo, bem jovem e logo quando chegam já tem contam certinho como tem que fazer se quiser ir a Capri, a Costa Amalfitana, ou algum outro lugar turístico perto.

De novo coloquei o endereço no Google Maps e fui seguindo, eu até tinha impresso uma foto do mapa marcando onde era o hostel, mas como não consegui me localizar bem da estação central, acabei pedindo ajuda mesmo, perguntei onde era a praça perto do hostel e achei um casal que estava indo pra mesma direção. Acabei indo junto mas mesmo assim, achei um pouco complicado( 30 minutos de caminhada da estação central que é bem grande e muito movimentada).

O meu primeiro dia turistei em Nápoles, nos outros dois dias fui às cidades da Costa Amalfitana que realmente sim, merecem nosso tempo. São incrivelmente lindas e charmosas. Da próxima quem sabe, ficarei hospedada em alguma delas. Fui a Positano e Amalfi, são no mesmo estilo e vale muito a pena!

Como falei, nos Hostels eles te explicam tudo como tem que fazer. De Nápoles peguei o trem para Sorrento, e de Sorrento, pegamos um ônibus que nos levava a essas cidadezinhas (ônibus SITA). É tudo bem fácil de achar, pois assim que chegamos na estação tem placas, sinais alertando onde você tem que ir. Além disso, toda estação tem o centro de informações, mas o melhor é perguntar a quem está ao seu lado, pois nesses lugares o que mais tem é turista fazendo a mesma trajetória que você.

O final da viagem

Depois disso começou minha ida ao aeroporto de Bergamo, em Milão, para pegar meu voo de volta para Colônia. Saindo de Nápoles direto pra Alemanha estava tudo muito caro, então acabei optando por essa passagem de 10 euros mesmo. Esse percurso levou um dia todo, com um bônus de dormir no aeroporto e pegar o voo as 6h45 da manhã.

Bom, saí do terminal de ônibus de Nápoles às 9 da manha e cheguei em Verona às 6 da tarde. Saí de Verona às 8 da noite e cheguei no aeroporto as 9h50 da noite. Fui com a empresa Flixbus e o percurso completo saiu por 20 euros. Achei legal que eles nos deixam logo na porta do aeroporto, então foi bem fácil. Como mochileira, dormir no aeroporto não é um grande problema, mas a noite não foi tão tranquila. Estava na Itália no verão, então claro que não levei blusa de frio, um grande erro. Ás 3 da madrugada comecei a me arrepender de não ter trazido uma blusinha pra esquentar, pois no aeroporto faz frio sim.

Achei interessante que, quando cheguei pensava (de novo) que estaria sozinha. Só que vi muitas pessoas fazendo o mesmo que eu. Meu voo era às 6.45 da manha e às 5.30 o aeroporto já estava bombando, muitas pessoas fazendo check in, uma galera acordando, tomando café.

Foto: Vivian Marques

Aeroporto de Bergamo – Foto: Vivian Marques

Enfim, achei bem tranquilo e valeu a pena (o preço barato). Chegando em Colônia, percebi o quanto a Alemanha é organizada e silenciosa (o que eu amo, pois já me acustumei). Mas percebi também o quanto foi legal fazer uma viagem sozinha na Itália, e principalmente na Sicília, região peculiar e única.

Uma mulher que viaja sozinha

Às vezes pensamos que viajar dessa forma é ficar solitária e sem a ajuda de ninguém. Pelo contrário, é viajando sozinha que sempre conhecemos novas pessoas e muitas delas ou vão te ajudar, ou vão fazer o mesmo percurso que você, é impressionante quantas coincidências acontecem quando estamos sozinhas, quantas pessoas conhecemos que estão fazendo a mesma coisa.

Todos que conheci falavam a mesma coisa, viajar sozinha é bem mais relaxante que viajar acompanhada. Viajar sozinha é não ter compromisso algum, é não ter que planejar, é vestir a roupa que quiser, é sair de Hostel com sua pior roupa e se sentir bem, é fazer o que quiser quando quiser, é conversar com estranhos, fazer novos amigos, sair e voltar quando quiser, trocar contatos, turistar bastante e aproveitar sua própria companhia.

Não achei difícil momento nenhum, mas se não tivesse pesquisado muito antes de sair de viagem (onde vou ficar, como é o hostel, como faço pra chegar até lá, qual empresa de ônibus vou pegar,…) , iria ter passado por momentos estressantes.

Resumindo, tudo depende de como você vai se organizar. Foi uma experiência incrível e espero ter muitas histórias pela frente. Viajar não é só ficar na praia descansando, não é colecionar cartões postais, ou riscar mais uma cidade ou praia da sua lista… Viajar é colecionar histórias lembranças e aprendizados. A viagem começa a partir do momento da compra das passagens, a viagem é arrumar seu mochilão, é ser responsável, ter cuidado com suas coisas, subir escadas, ficar perdido, pedir ajuda, ajudar os outros, observar as pessoas, tentar falar uma nova língua, conhecer novas pessoas e saber um pouco da historia delas.

17 dias de total liberdade

Como mulher, eu adorei que essa experiência tenha sido na Itália, que é um lugar magico e vivo, me lembrou muito o Brasil. Essa experiência me deu mais coragem pra conhecer o mundo e mais coragem pra tomar iniciativas, pois se tudo deu tão certo, foi porque eu fiz algo para que desse certo – no caso: me programar. 

Sem dúvida, é sozinha que criamos essa responsabilidade e coragem pra fazer o que mais queremos, uma vez que não vai ter ninguém pra julgar suas decisões ou interferir nos seus planos. Só tenho a agradecer a esse país incrível e a todos que me ajudaram, passar 17 dias na Itália assim foi viver um sonho de 17 dias com a melhor sensação possível: a liberdade !

***

E então, gostou do roteiro da Vivian? Já fez um mochilão na Sicília? Conte aqui a sua experiência!

 

LEIA TAMBÉM:  Roteiro entre Malta e Sicília: a viagem de 11 dias de Débora

13 comentários em “Mochilão na Sicília: o roteiro de Vivian”

  1. Oi Patricia, já fiz perguntas a você, acho que em 2014, pois em 2015, meu marido e eu, tínhamos uma viagem planejada para a Sicilia. Porém, eu quebrei a perna e não deu. Não lembro mais o roteiro que tínhamos pensado na época, mas agora já acertamos as nossas datas para este ano. Chegaremos na Catânia dia 6 de março e pretendemos sair de Palermo (ainda sem data marcada). Nosso roteiro é flexível e podemos ficar na Sicília de 2 a 3 semanas. Baseado nas nossas pesquisas e nos posts do seu excelente blog estamos pensando no seguinte roteiro: Catânia (hospedagem), Taormina, Siracusa, Messina, Noto, Agrigento, Ragusa, Trapani (hospedagem), Segesta, Selinunte, Palermo (hospedagem), Cefalù e Erice. Você acha que esse roteiro é viável usando somente transporte público, Não queremos alugar carro. Agradeço antecipadamente qualquer ajuda. Abraços

    1. Olá Sueli!

      Que bom que desta vez sua viagem sai! Maravilha!
      Em duas ou três semanas vocês conseguem ver bastante coisa, mesmo com transporte público. Todos os lugares que você citou são acessíveis de ônibus (alguns também de trem). Te sugiro ver este post aqui: Ônibus na Sicília: principais linhas interurbanas
      Só faço algumas observações:
      – Erice fica colada em Trapani, então você a visita a partir de lá, não de Palermo;
      – Só é viável fazer bate e volta a Agrigento a partir de Palermo (dá para ir de trem ou de ônibus). Se você for a partir de Catania a viagem dura 3h30, muito longa.
      – Você pode pensar em dormir pelo menos uma noite em Siracusa, assim você visita Noto a partir de lá. Fica melhor.

      Se tiver mais dúvidas, é só perguntar.

      Um abraço,

      Patricia

  2. Patricia, parabéns pelo Blog. Maravilhoso! Sou baiana que nrm vc. Estou indo para a Catania dia 12/9 agora. Por favor, preciso de uma ajuda: se eu for subindo até Palermo tem como ir para a Costa Amalfitana ? Ou o que vc me aconselha?

    1. Oi Barbara,

      Dá para ir de carro, sim! Chegando em Messina, tem uma balsa para atravessar os veículos, veja aqui: Travessia do Estreito de Messina: como ir para a Sicília de carro

      Se não quiser ou não puder dirigir, outra solução é pegar um voo de Palermo ou de Catania para Nápoles e de lá seguir com transporte público, com um transfer ou um carro alugado para a cidade da Costa Amalfitana onde você irá se hospedar.

      Você chegou a ver a minha resposta ao seu outro comentário? Se não viu, ela está aqui: https://descobrindoasicilia.com/2014/02/catania-uma-cidade-e-inumeras-sensacoes/#comment-3334

      Um abraço,

      Patricia

    1. Oi Thais,

      Tomara que a Vivian veja seu comentário. Muito legal o roteiro dela, né?

      Quanto ao transporte de Palermo a Cefalù, o melhor é ir de trem, tem vários por dia.

      Que eu saiba, não tem hostel em Cefalù.

      Um abraço,

      Patricia

  3. Queria AGRADECER essa pessoa maravilhosa que é a Vivian, não conheço mas salvou minha vida! Eu to indo em 15 dias pra Sicilia e não tinha nada reservado ou planejado pra fazer um mochilao exatamente como ela. Entao aqui fica meu MUITO OBRIGADA. ps: e obrigada ao blog tambem por compartilhar essa aventura dela.

  4. Valeu, Patricia! Vou reformular o roteiro conforme suas dicas, essa questão do período de funcionamento das linhas de onibus é fundamental. Muitissimo obrigada!!!!!!!

  5. Oi, Patricia, vou te alugar 1 pouquinho. Já nos falamos no grupo da Adriana no FB, agora meu roteiro está pronto, só não estou segura. Vou c/meu filho de 26 anos e sua mulher. Ela não conhece Firenze nem Roma e ele faz questão absoluta de levá-la a zilhões de lugares nessas cidades. A gente entende, né? Eu amo Napoli, portanto, tb quero q eles conheçam aquela loucura de beleza. Mas a ideia principal é conhecer a Sicilia, novidade p/os 3.
    Então ficamos assim: 13/12, voo Rio/Roma, trem direto p/Firenze (bobeei, devia ter comprado conexão, mas a promoção da Alitalia terminava naquele dia, eu ainda não tinha decidido o q fazer … enfim …); 17/12, Firenze/Roma, trem; 20/12, Roma/Napoli, trem; 26/12, Napoli/Palermo, Tirrenia Cabine Notte; 04/01, Palermo/Enna, ônibus, trem ou taxi?; 06 ou 07/01, Enna/Catania, idem?; 15/01, intercity notte Catania ou Taormina/Roma?; 18/01, Roma/Rio.
    Os dias em Enna são p/passear no Valle dei Templi, Piazza Armerina, Caltanissetta, Sperlinga, Gangi … e eu cismei c/1 restaurante em Licata, l’oste e il sacrestano, vc já ouviu falar? Eu enviei 1 e-mail p/eles perguntando se estarão funcionando nesse período. Penso em usar ônibus e taxi, o q vc acha, 2 ou 3 noites?
    Nos percursos Palermo/Enna/Catania, alguma dica de melhor transporte? Em algum desses trechos vale a pena pagar 1 noleggio q pare nas cidadezinhas p/1 vinho e q tais? (alugar carro nem pensar, detesto!!!!)
    E Taormina, o q fazer c/essa linda cidade? Estou inclinada a nos mudar pra lá de mala e cuia nos nossos 2 últimos dias de Sicilia e pegar o intercity dali p/Roma, o q vc pensa? Eu fecho os olhos e me imagino andando à noite no maior frião pelas ruelas úmidas, toda encasacada, sentindo aquele cheirinho gostoso de gelo e fumacinha.
    Poxa, Patricia, desculpa a extensão do aluguel! Sinta-se a vontade p/responder só o q te apetecer, p/mim o q vier tá bom, eu já estou no espírito de aventura. Obrigada!

    1. Oi Cristiane!

      Imagina, não é nenhum aluguel! Vou tentar responder a todas as suas perguntas e comentar algumas coisas que eu desaconselho. Vamos lá:

      1) Você pode ir de Palermo a Enna tanto de ônibus quanto de trem, mas a vantagem do ônibus é que ele te deixa em “Enna alta”, que é onde fica o centro/parte um pouco mais turística.
      Agora vou comentar sobre usar Enna como base: é viável ficar lá e visitar Gangi e Sperlinga (lembrando que só há transporte público no período escolar e felizmente a volta às aulas na Sicília acontece a partir do dia 07/01). Mas estude bem esses horários, porque visitar vilarejo com transporte público aqui na SIcília é um desafio, algumas vezes é inviável! Na hora que você estiver planejando seu roteiro day by day, veja se naquele dia há transporte para esses lugares.
      Já para visitar o Vale dos Templos e Licata, não aconselho a ficar em Enna, mas sim em Agrigento! Acho que nem tem ônibus de Enna para Licata, mas de Agrigento sim (http://www.autolineesal.it/Orari.html). O Oste il Sacrestano é um restaurante muito conhecido aqui na Sicília. Infelizmente nunca fui lá, mas o conheço de nome.
      Outro ponto: na minha opinião não vale a pena ir a Caltanissetta, a menos que você tenha um motivo específico para ir lá. Na Sicília há cidades infinitamente mais bonitas: Trapani, Ragusa, Cefalù…. Eu nunca consegui escrever nada sobre Caltanissetta, porque não rende texto. É feia (para o meu gosto rsrs).
      Conhecendo a situação do transporte público siciliano que atende as cidadezinhas, eu te aconselho a pensar na possibilidade de até cortar definitivamente Enna do seu roteiro, ir de Palermo a Agrigento, dormir lá duas noites (visitando o Vale, a cidade e Licata), e então seguir para Catania.

      2) Considerando a distância, te aconselho a não fazer paradas no meio do caminho, até porque essa área entre Palermo, Enna e Catania não é região vinícola. Vá direto ao destino!

      3) Você pode sim passar as duas últimas noites em Taormina, é uma boa ideia!

      Espero não ter confundido as suas ideias, mas é que quando se usa transporte público na Sicília, é necessário estudar bem os deslocamentos.

      Um abraço,

      Patricia

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