Você que assistiu ao Poderoso Chefão (O Padrinho, em Portugal), já se perguntou se Don Corleone existiu realmente?
Espero não desapontá-lo, mas a resposta é não.
Don Corleone existiu apenas na obra de Mario Puzo
Antes de tudo, Vito Andolini, o nome do chefão de uma das trilogias mais famosas do cinema mundial, é um personagem fictício, nunca existiu. De fato, ele é um fruto da obra de Mario Puzo, escritor que nasceu nos Estados Unidos, filho de imigrantes italianos.
Mario Puzo publicou o romance The Godfather (traduzido no Brasil como “O Poderoso Chefão”) em 1969 e somente três anos depois, em 1972, inspirou o primeiro dos 3 filmes que tornariam a família Corleone conhecida no mundo inteiro.
No entanto, apesar de Don Corleone ser um personagem fictício, a história dele e a sua biografia são inspiradas em pessoas que existiram realmente, ou seja, os chefões que faziam parte de clãs e grupos mafiosos ativos nos anos 30 e 40 nos Estados Unidos, como Carlo Gambino, Lucky Luciano, Frank Costello e Bugsy Siegel.

Marlon Brando interepresa
O nascimento de Don Corleone
Em síntese, o personagem criado por Mario Puzo, Vito Andolini, nasceu em 7 de dezembro de 1891 em Corleone, uma cidadezinha da Sicília que realmente existe.
Os contatos com a vida criminosa começaram quando Vito ainda era criança, visto que seu pai é assassinado por Don Ciccio, um chefão local filiado à Cosa Nostra. Pouco depois, seu irmão Paolo também é morto e, portanto, sua mãe vai até Don Ciccio para pedir que pelo menos Vito seja poupado.
No entanto, a mulher será morta na frente da criança, que consegue escapar e fugir para Nova York. Posteriormente, ele passa a receber a proteção da família Abbandando.
Mas quem foi Vito Corleone e como ele se tornou um chefão da máfia?
Nos Estados Unidos, o menino muda seu sobrenome para Corleone e começa a trabalhar como dono de mercearia para a família que o hospedava. Aos 18 anos casou-se com Carmela e teve 4 filhos: Santino, Fredo, Michael e Connie.
Don Fanucci, chefão do bairro afiliado à Mão Negra, o faz perder o emprego e o jovem Vito Corleone começa a cometer pequenos furtos. Quando Don Fanucci lhe pede parte dos lucros para obter sua proteção, Vito o mata e assume seu papel na vizinhança, ganhando o respeito dos outros criminosos.
Lentamente, o negócio da família começa a crescer. De fato, Genco Abbandando torna-se conselheiro de Don Vito Corleone. Por sua vez, os amigos mais próximos do chefão, Tessio e Clemenza, administram o negócio no Bronx e no Brooklyn.
A delinquência está entrelaçada com a política: ajuda e cumplicidade, contrabando, jogo e proteção levam a tal aumento que, em 1945, Vito Corleone era o senhor do crime, o chefão mais poderoso em Nova York e sua gangue comandava os principais negócios de toda Manhattan.
Don Vito Corleone morre aos 64 anos de idade devido a um ataque cardíaco. Por fim, ele deixa seu império para o filho Michael, que terá que se comprometer com as outras famílias para novos projetos de negócios relacionados ao tráfico de drogas.

Al Pacino (a sinistra) e Simonetta Stefanelli (a destra) interpretano rispettivamente Michael Corleone, figlio di don Vito e successore del padre, e Apollonia Vitelli, giovane siciliana di cui Michael s’innamora.
A trilogia O Poderoso Chefão
Antes de mais nada, a inteira trilogia conta a história da vida de Don Vito Corleone e de seu filho, Michael, interpretado por Al Pacino.
No primeiro filme, Don Corleone é idoso e em guerra contra as outras famílias mafiosas de Nova York para manter intacto seu poder. Será, então, Michael, a tomar as rédeas da “Família” depois de tentarem assassinar Don Vito.

Igreja onde se passa o casamento de Michael Corleone e Apollonia em O Poderoso Chefão I. Ela fica na cidade de Savoca.
No segundo filme, contudo, acontece um salto no passado. De fato, em O Poderoso Chefão 2, Robert De Niro interpreta Vito Corleone jovem. Em síntese, o filme conta a inteira biografia de Vito Corleone, desde quando ele era criança na Sicília, até a época de fundação do seu clã.
Por fim, no terceiro filme da saga, ambientado nos anos 80, será Michael Corleone a assumir denifitavamente o lugar do pai.

Diane Keaton e Al Pacino no Teatro Massimo, em O Poderoso Chefão 3.
E então, você é um fã dos filmes sobre a família Corleone? Já sabia que Don Corleone existiu apenas na ficção? Também leu o livro que deu origem a essa que é uma obra-prima do cinema mundial?
Planeje sua viagem
Simplesmente inesquecível. Meu fascínio por essa trilogia e pelos grandes clássicos de Hollywood me deixa em êxtase quando assisto. Gostaria que gravassem o quarto, com a administração da família Corleone pelo então Vincent Corleone.
Adorei Path, sabe que nem lembro se assisti, vou ver se acho no Netflix. Já vou linkar tb no meu post novo sobre estereótipos italianos, inclusive ele é foto de capa do post rs… Beijos amiga
Oi Adri,
Pois é, o cinema contribuiu e muito para a criação dos estereótipos italianos em geral.
Um beijao,
Patricia
Para mim é um dos melhores filmes já feitos, sem tirar o mérito de outros grandes clássicos que também eu adoro como Benhur estrelado por Charlton Heston.
Mas o Poderoso Chefão ocupa o primeiro lugar na minha lista. Atores fantásticos escolhidos maestralmente.
E Marlon Brando ator fantástico na minha opinião o melhor que já existiu, claro sem menosprezar os demais que também são fantásticos como James Caan, Al Plácido e Robert Duwal. Mas apenas alguns minutos de atuação de Brando valem o filme todo.
Simplesmente fantástico.
Ainda está para ser feito um filme que seja equivalente a este. Obra prima do cinema. Fica para a eternidade.
ATÉ PODE SER QUE O PERSONAGEM PROTAGONIZADO POR MARLON BRANDO, SEJA FICTÍCIO,MAS, NUNCA DEIXAREI DE ACREDITAR QUE EXISTIU UM CHEFE DE MÁFIA COMO O DO FILME, COM OUTRO NOME SIM, MAS, QUE EXISTIU ISSO É CERTEZA ABSOLUTA !!!
Olá Josué, como indicado no texto, o personagem se inspira em chefões que existiram realmente
Abs,
Patricia
Pesquise por Salvatore Riina, conhecido por Totò Riina. Irá se surpreender. 🙂
GRANDE FILME CLASSÍCO