O cuscuz siciliano é um prato típico da Sicília à base de peixe, difundido sobretudo no oeste da ilha. E se você já o experimentou, pretende experimentar ou tem curiosidade em saber mais a história deste prato milenar, este post é para você.
Mas antes de tudo, diferentemente daquele conhecido no Brasil, feito de milho, o cuscuz siciliano é feito com trigo de semolina (ou sêmola). Em suma, ele é um parente bem próximo do famoso cuscuz marroquino.
Uma das “capitais do cuscuz” na Sicília é, sem dúvida, San Vito Lo Capo, onde se realiza anualmente o “Cous Cous Fest“. É um evento internacional de integração cultural em que participam diversos países do Mediterrâneo e cujo protagonista é o cuscuz, em suas diferentes versões.
Em primeiro lugar, é importante saber que o cuscuz de semolina é um alimento básico tradicional na culinária do norte da África. De fato, o cuscuz siciliano pode ser apreciado sobretudo na província de Trapani, onde os árabes se estabeleceram no século IX. Eles dominaram a ilha por quase três séculos, trazendo suas influências para a arte e cultura siciliana, especialmente a cultura alimentar. E sem dúvida o cuscuz é um exemplo dessa influência e ainda representa um forte traço da Sicília árabe de outrora.
O cuscuz siciliano (“cùscusu” no dialeto siciliano ou “couscous di pesce“, em italiano) é temperado com uma sopa de peixe do Mediterrâneo. Assim como no Marrocos e na Tunísia, a preparação do cuscuz é longa, a sêmola é trabalhada à mão num prato de terracota denominado “mafaradda“. Depois disso, o cuscuz é cozido a vapor numa panela de barro com furinhos(em siciliano chamada “pignatta du cùscusu”).
Antes de mais nada, a receita abaixo é uma adaptação daquela original, de modo a torná-la uma preparação mais simples de se fazer em casa, até porque não é todo mundo que tem uma cuscuzeira de terracota em casa. Além disso, o uso de cuscuz pré-cozido, pronto para usar (espero que nenhum chef de Trapani leia este texto rsrs), encurta o tempo de preparação do prato, que de outra forma seria muito longo. De resto, opte por peixes frescos, escolhendo diferentes variedades, que lhe permitirão obter um caldo bem saboroso.
Lave os peixes, retire as cabeças e reserve os filés. Numa caçarola, coloque as cabeças dos peixes, cubra com água e junte o salsão, a cenoura 1 cebola cortada empedaços e a folha de louro. Deixe ferver por 20 minutos. Em seguida, coe o caldo e reserve.
Pique a outra cebola e frite-a no azeite junto com o alho. Junte os tomates e, por último, os filetes de peixe. Cubra com água, acrescente sal e pimenta do reino, o açafrão e as amêndoas. Deixe o molho engrossar por 15 a 20 minutos em fogo baixo. Reserve.
Para cozinhar o cuscuz, siga as instruções impressas na embalagem do trigo de semolina. De antemão, o ideal é colocar o trigo numa tigela e acrescentar 4 colheres de azeite. Em seguida, ferva 350ml do caldo de peixe, derrame-o por cima do trigo e cubra a tigela com um pano de prato limpo. Espere uns 5 minutos para que o trigo inche. Depois disso, afofe o cuscuz com um garfo.
Por fim, na hora de servir, adicione em cada porção um pouco de peixe, de caldo e finalize com a salsinha. Sirva o resto do molho em uma molheira para quem quiser colocar mais no prato.
Os ingredientes do cuscuz de peixe siciliano variam de acordo com a cidade e também com o peixe disponível no dia. Por isso, você pode usar o peixe que tiver, e pode também, por exemplo, acrescentar camarão, mexilhões, lulas. Enfim, use sua criatividade! Além disso, o segredo desse cuscuz está no preparo do caldo, que é o que dará um sabor maravilhoso ao trigo. Quanto mais temperado, melhor!
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