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Castelo Maniace, em Siracusa: História e dicas para visitá-lo


O Castelo Maniace, na ilha de Ortigia, em Siracusa, é um dos monumentos que certamente se sobressaem nas fotografias aéreas do lugar. Localizado em uma posição estratégica, de frente para o mar e para o golfo que banha Siracusa, ele domina uma ponta de Ortigia. Aliás, entrar no castelo é o único modo para chegar até a extremidade da ilha.

Embora ele seja vazio por dentro, é um lugar interessante para quem gosta de construções militares. Além disso, considerando sua vista para o mar, acaba sendo um ponto turístico imperdível para quem gosta de fotografar.

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Castelo Maniace

A entrada

Uma rápida história do Castelo Maniace

Antes de mais nada, não se tem informações precisas sobre a data de construção do castelo. Segundo algumas teorias, suas origens remontam a 1038, quando o general bizantino Giorgio Maniace mandou erguer ali um forte militar para defesa da cidade. No entanto, deste forte hoje em dia não resta mais nada.

De fato, o castelo que conhecemos hoje foi construído em torno de 1238, por ordem do imperador Frederico II. Ele foi uma obra do arquiteto Riccardo da Lentini, o qual também foi responsável pela construção do Castelo Ursino em Catania.

O castelo sofreu uma série de modificações ao longo dos séculos. Por exemplo, no século XVI, fizeram reformas para adicionar as baterias de canhões e conectar o castelo ao restante das fortificações ordenadas por Carlos V. Posteriormente, o arquiteto militar Carlos de Grunembergh mandou construir o forte que se encontra na extremidade do complexo, o chamado Forte della Vignazza. Por fim, em 1704 a queda de um raio provocou a explosão de uma das torres que serviam como depósito de pólvora, destruindo completamente a ala norte do Castelo Maniace.

Uma curiosidade macabra: Em 1448, para controlar as revoltas organizadas por alguns barões de Siracusa, o rei Afonso V de Aragão, enviou à cidade o comandante Giovanni da Ventimiglia. O militar organizou um banquete e convidou os nobres que ele acreditava serem os principais responsáveis pelos motins. No entanto, antes que a festa terminasse, Giovanni mandou decapitar todo mundo!

Por este gesto de fidelidade à coroa, o rei presenteou Ventimiglia com os dois carneiros de bronze que decoravam a entrada do castelo. O comandante os levou para o seu castelo em Castelbuono, mas hoje um deles pode ser admirado no Museu Arqueológico de Palermo.

Cópia dos carneiros de bronze. As peças originais eram do século III a.C.!

A visita ao Castelo Maniace

O acesso ao castelo Maniace se dá através de uma ponte de pedra, a qual substituiu a ponte elevadiça que existia ali por volta de 1500/1600.

Depois de passarmos pela bilheteria, damos de cara com um pátio enorme e lá ao fundo um arco de tipo islâmico, revestido de mármore. No entanto, depois disso, não espere entrar em salas imponentes ou mobiliadas. Como falei no início do texto, o Castelo Maniace é vazio.

Essas bolas, assim como o chão de vidro, compõem uma instalação do artista Alfredo Pirri, que estava em exposição na época da minha visita

Da estrutura interna original, o que resta é uma grande sala com colunas de calcário que terminam em capitéis com diferentes ordens de folhas fechadas em croché, onde estão representadas cenas rurais, figuras humanas, cobras. As costelas das abóbadas elevam-se acima do ábaco da capital.

Uma curiosidade: Em alguns blocos que formam as paredes do lado oeste e nas paredes internas do Castelo de Maniace, é possível ver algumas siglas. Trata-se de marcas colocadas pelos “cortadores de pedras”, ou seja, aqueles que trabalharam as pedras extraídas das pedreiras, transformando-as em paralelepípedos com medidas preestabelecidas. Essas siglas serviam para tornar o trabalho deles reconhecível, e pudessem, portanto, serem pagos por isso.

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Um cartão postal bem visível

Usado tanto como residência quanto como forte, o Maniace era um dos muitos castelos e torres dispostos ao longo da costa da ilha usados ​​para defesa. Além disso, uma das funções que exerceu relacionava-se com a sua visibilidade. De fato, tanto os marinheiros estrangeiros com quem Siracusa mantinha relações comerciais, quanto os inimigos, conseguiam vê-lo do mar.

Mas enfim, depois de visitar a parte interna, minha sugestão é que você aproveite a vista que se tem da parte do forte e das torres.

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Em cada um dos quatro cantos do cantelo há uma torre circular, cada uma com uma escada em espiral. É possível subir em algumas e de lá se tem uma vista incrível de Siracusa.

A vista de uma das torres

Além disso, também é possível passear no Forte Vignazza, que é a construção acrescentada em 1850 na ponta extrema, e ver o mar desde as janelinhas onde ficavam os canhões. Como eu disse no início do texto, este é o único modo de chegar até a ponta de Ortigia!

 

Dicas e informações práticas:

  • Antes de mais nada, eu lhe aconselho a visitar o Castelo Maniace no fim da tarde. E se você o visitar no verão, tente evitar de alguma forma as horas mais quentes do dia. Vai por mim!
  • Dá para visitá-lo todo em menos de 1 hora.
  • Ingressos: € 7,00. Gratuito para os menores de 18 anos.
  • Horários de funcionamento: De terça a domingo, das 8h30 às 19h. Às segundas-feiras abre só até as 14h30. Esses horários podem variar de acordo com o mês do ano.

IMPORTANTE:

Para entrar nos museus e parques arqueológicos da Itália, é necessário apresentar o Green Pass, isto é, o certificado de vacinação da COVID-19, um certificado de recuperação (menos de 6 meses) ou resultado de RT-PCR/antígeno negativo (máx. 48h). Por outro lado, os visitantes de países que não adotaram o Green Pass podem entrar nos museus e locais de cultura mediante apresentação de certificação equivalente (ou seja, que apresente os mesmos dados do green pass) e que, no caso de vacinação, ateste o uso de uma das vacinas autorizadas na Itália (Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen). Além disso, também será necessário mostrar um documento de identidade. Estas medidas valem se aplicam a todas as pessoas com idade a partir de 12 anos.

 

 

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