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Bronzes de Riace, os tesouros de Reggio Calabria


Era o mês de agosto de 1972 quando, ao largo da costa oeste da Calábria, nas proximidades do vilarejo de Riace, um pescador submarino avistou no fundo do mar duas grandes estátuas de bronze. Alguns dias depois, mergulhadores da polícia e da Capitania de Portos recuperaram aqueles dois tesouros, por séculos escondidos sob a areia do mar. Daquele dia em diante, as estátuas ficaram conhecidas como os Bronzes de Riace.

As estátuas remontam ao século V a.C e demonstram a maestria alcançada pelos escultores da Grécia Antiga na manipulação do bronze. É provável que foram produzidas em Atenas e então compradas por algum aristocrata de Roma. No entanto, elas nunca chegaram ao destino, pois o navio que as transportava afundou e a preciosa carga ficou sepultada no fundo do mar por mais de 2000 anos.

De fato, os bronzes são carregados de mistério e muitas são as hipóteses sobre suas origens e significados. A posição dos braços e das mãos indicavam que seguravam uma lança e um escudo. A forma da cabeça sugere a presença de um elmo. Certamente eram guerreiros, mas eram deuses? Heróis? Nunca saberemos. Por isso, hoje em dia, as estátuas são chamadas simplesmente de Bronze A e Bronze B.

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Bronzes de Riace: Bronze A

“A” é a estátua mais escura, tem 1,98m de altura e a aparência de um jovem, cabelos e barba cacheados. Os olhos são de marfim, mas faltam as pupilas que, supõe-se, eram de vidro ou alguma pedra preciosa.

Bronze A – Foto: Wiki Commons

Bronze B

“B” tem 1,97m, é de cor esverdeada, tem um aspecto mais relaxado e calmo e é chamada de “o velho” por aparentar mais idade do que “A”. A forma da sua cabeça dá a entender que deveria ser coberta por um elmo coríntio (que nunca foi encontrado).

Bronze “B”, o velho. Foto: Wiki Commons

Depois de nove anos de estudos e restaurações, os bronzes foram expostos pela primeira vez ao público em Florença, no Museu Arqueológico, no início dos anos 80. Lá ficaram por seis meses, mas o presidente da Itália na época quis que eles também fossem expostos em Roma antes de voltarem para Reggio Calabria.

De fato, o interesse pelos guerreiros provenientes do fundo do mar era altíssimo. Nos primeiros dias, milhares de pessoas formavam filas ainda de madrugada, como se estivessem ali para ver grandes estrelas do cinema.

 

Dicas para ver os Bronzes de Riace

Hoje em dia os Bronzes de Riace se encontram expostos no Museo Archeologico della Magna Grecia, em Reggio Calabria, e se tornaram a maior atração da cidade. O museu arqueológico foi reformado para se adaptar às exigências das duas estátuas de bronze, que hoje se encontram em uma sala especial, com temperatura e umidade controladas.

  • Horários de funcionamento: O Museu Arqueológico funciona de Terça a Domingo, das 9 às 19h;
  • Valor do bilhete: 5 euros (inteiro);
  • É possível chegar ao museu a pé facilmente, tanto do porto quanto da estação ferroviária Reggio Calabria Centrale;
  • Saiba mais sobre o museu e os bronzes no site oficial do Museo Archeologico della Magna Grecia;
  • Se você se encontra na Sicília, dá perfeitamente para fazer um bate e volta a partir de Messina. A balsa faz a travessia em apenas 30 minutos. Vejas os horários e preços AQUI.

 

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