A Campânia é uma das 20 regiões da Itália e conta com belezas naturais incríveis.
Por exemplo, sabe a Costa Amalfitana? Ou Capri? Sorrento ou mesmo Nápoles? São todos lugares que ficam na Campânia, que é sem dúvida uma das regiões mais espetaculares da Itália.
Assim, vamos conhecer algumas curiosidades que envolvem este pedaço do país?
16 Curiosidades sobre a Campânia
1. A capital da Campânia é Nápoles
Terceira cidade mais populosa da Itália, perdendo apenas para Roma e Milão, Nápoles é a capital da região da Campânia.
Além disso, a região tem mais quatro províncias: Salerno, Caserta, Benevento e Avellino.
2. A Campânia tem o maior número de Patrimônios da Humanidade da Itália
A beleza da Campânia é incrível e isso se retrata no número de Patrimônios da Humanidade.
Atualmente a Campânia tem 10 Patrimônios da Humanidade e, por consequência, é a região da Itália com o maior número de bens tutelados pela Unesco.
São eles:
- A Dieta Mediterrânea;
- A Arte dos Pizzaiolos de Nápoles
- Os andores de Nola;
- O Centro histórico de Nápoles;
- O Palácio Real de Caserta;
- O complexo monumental de Santa Sofia em Benevento;
- Pompeia e Herculano;
- A Costa Amalfitana;
- O Parque Nacional do Cilento (que inclui o Parque Arqueológico de Paestum e a Certosa di Padula).
- A trasumância da Alta Irpínia
3. Os romanos a chamavam Campania Felix
“Felix” é o adjetivo que os romanos escolheram para definir a Região Campânia, para evidenciar a fertilidade do seu solo, o ótimo clima e a beleza das paisagens. Enfim, significa “Campânia feliz” ou sortuda.
De fato, dentro de suas fronteiras, havia cidades bastate desenvolvidas e ricas, como Pompeia, Sorrento e, claro, Nápoles.
Enfim, era uma terra cheia de cultura e tradições, com um clima ameno e solo fértil graças à presença de alguns rios.
Além disso, também era estrategicamente perfeita para o comércio, visto que ocupava uma grande faixa de litoral, na qual estavam localizados alguns dos principais portos comerciais da Magna Grécia.
Por todas essas razões, o historiador grego Políbio identificara a Campânia como uma terra particularmente feliz e, de fato, sortuda.
4.Um pedacinho de Grécia
Há uma parte da Campânia que parece um pedaço de Grécia na Itália. Refiro-me à Paestum e seus magníficos templos.
A antiga Poseidonia foi fundada por colonos gregos no século VII a.C. De fato, foi um extraordinário período de esplendor, cujos traços podemos ver ainda hoje na área arqueológica de Paestum.
Enfim, Poseidonia prosperou até o século V d.C., mas a malária e outras doenças obrigaram a população a se transferir para outras áreas da região.
5. É a terra da mozzarella de búfala
Amada, invejada e imitada em todo o mundo, definitivamente a mozzarella de búfala é um dos produtos mais conhecidos e apreciados da gastronomia da Campânia.
Ao longo dos séculos, o delicioso produto conquistou até os paladares mais exigentes. Basta dizer que, hoje em dia, os puristas consideram apenas aquela produzida com leite de búfala a verdadeira mozzarella.
Por outro lado, chamam “fiordilatte” aquela produzida com leite de vaca.
6. E também do Limoncello!
Foto: kizzbeth – flickr
Segundo a tradição, o limoncello nasceu no início do século XX e sua paternidade é disputada entre Sorrento, Amalfi e Capri. Mas não cabe a nós dizer quem é a cidade que realmente o criou primeiro. O importante é que, quem quer que seja o autor, ele nasceu na Campânia!
Não deixe de ler: Limoncello: história e receita de um dos mais famosos licores italianos
7. Um vulcão e um supervulcão
A Campânia é uma terra de vulcões. Isso mesmo, no plural. Além do Vesúvio, sem dúvida o mais famoso, no território da região há vários outros vulcões e ainda um supervulcão chamado Campos Flégreos (em italiano, Campi Flegrei)!
De fato, um supervulcão não é aquele vulcão tradicional, em forma de cone. Na verdade trata-se de uma enorme depressão (chamada caldeira), uma cratera vulcânica colapsada no subsolo terrestre com dezenas de quilômetros de diâmetro.
Decerto os Campos Flégreos são muito vastos e medem cerca de 150 km², incluindo até mesmo as ilhas de Procida e Ischia.
Por fim, cerca 30 pequenos vulcões fazem parte da área dos Campi Flegrei. São quase todos extintos, exceto o Vulcão Solfatara.
8. Algumas das músicas italianas mais conhecidas no mundo
A música faz parte do DNA da Campânia. De fato, a maior parte das músicas tradicionais italianas conhecidas no mundo provêm da Campânia.
Por exemplo, se lhe digo para pensar em uma música tradicional italiana, qual é aquela que vem na sua mente primeiro?
O’ sole mio? Funiculì, funiculà? Torna a Surriento? São músicas originárias da Campânia e cantadas em dialeto napolitano!
Enfim, essas são somente duas das inúmeras canções que contam a história de Nápoles e da Campânia, mas que representam a Itália inteira no mundo.
9. A lenda do Lacryma Christi
Vinhedos do Vesúvio
O Lacryma Christi é um excelente vinho que se obtém a partir de uma determinada qualidade de videira que se desenvolve nas encostas do Vesúvio.
Usa-se as histórias bíblicas do céu, do inferno e da queda de Lúcifer para explicar a origem do nome Lacryma Christi del Vesuvio, que significa as Lágrimas de Cristo no Vesúvio. É um vinho cheio de lendas!
De fato, a lenda mais difundida é aquela que diz que Lúcifer, em sua descida ao inferno, levou consigo um pedaço do paraíso.
Por sua vez, Jesus, reconhecendo o paraíso roubado no Golfo de Nápoles, derramou ali muitas lágrimas e delas nasceram os vinhedos Lacryma Christi.
10. O primeiro elevador da Itália
Uma das curiosidades sobre a Campânia diz respeito a um aspecto prático. Foi no Palácio Real Caserta que instalaram o primeiro elevador da Itália.
Como o palácio era (e é) imenso, em 1844 decidiu-se superar a dificuldade de subir de um andar sem que os membros da família real se cansassem.
Assim, foi projetada uma cadeira de madeira capaz de subir e descer graças a um mecanismo acionado por uma alavanca. Interessante, não?
11. E também o primeiro bidê
Se há algo que os italianos não conseguem fazer a menos, é o bidê. Mas você sabia que esta instalação sanitária surgiu pela primeira vez na Itália justamente na Campania? E foi mais uma “tecnologia” do Palácio Real de Caserta!
Maria Carolina da Áustria, a esposa de Fernando I das Duas Sicília, mandou instalar um bidê em seu banheiro privativo no Palácio Real de Caserta. Até então, na Itália, era um objeto totalmente desconhecido.
Após 1860, quando o reino de Nápoles caiu e a Itália foi unificada, os funcionários do reino de Sabóia tiveram que fazer um balanço e, para descrever o bidê, escreveram que era um “objeto estranho em forma de violão”.
12. O menor município da Itália
A minúscula Atrani, um município com prefeitura e tudo mais.
Vila de pescadores muito pitoresca, com as suas casas à beira-mar e as suas ruelas históricas, Atrani é uma cidadezinha a menos de 1km de Amalfi.
Com uma extensão de apenas 0,12 km² é, de longe, o menor município da Itália. Além disso, o vilarejo tem apenas 800 habitantes!
13. A 1ª República Marítima
Na entrada do centro histórico de Amalfi um mapa ilustra o período em que a República de Amalfi dominava o Mediterrâneo
Em um período da sua história, a Itália teve várias Repúblicas Marítimas, potências navais que dominavam o Mediterrâneo. As quatro principais foram Amalfi, Pisa, Gênova e Veneza.
De fato, Amalfi foi a primeira delas e teve uma brilhante história como república marítima entre os séculos IX e XI.
Saiba mais: Dicas de Amalfi: o que fazer em um dia
14. O Anfiteatro mais antigo do mundo
O anfiteatro de Pompeia é o mais antigo do mundo. Datado de 70 a.C., já viu passar por lá jogos grandiosos, bem como lutas de gladiadores.
15. Uma ilha em forma de golfinho
Vista de cima, parece um golfinho, mas é a ilha de Gallo Lungo. Esta ilha pertence ao arquipélago de Li Galli, que fica entre Capri e Positano.
O lugar também é conhecido como La Sireneuse, porque segundo a lenda já foi habitada por sereias, que encantavam os marinheiros em trânsito com o seu canto.
Atualmente o arquipélago é propriedade privada e, portanto, é possível visitá-lo apenas com convite. Mas mesmo se você não for assim tão vip, pode admirá-las de longe, fazendo um passeio de barco.
16. O napolitano é a 77ª língua mais falada no mundo
Segundo alguns estudos, o napolitano, bem como suas variações, é falado em boa parte do sul da Itália. Portanto, além da Campânia, é falado também em uma parte do Abruzzo, no sul do Lazio, na região do Molise e nas partes altas da Puglia e Calábria.
Mas quantas pessoas falam napolitano? A princípio, estima-se que se trata de cerca 11 milhões de pessoas.
De fato, este número coloca o napolitano em 77º lugar no ranking das línguas mais faladas no mundo, antes até mesmo de línguas como sueco, búlgaro e tcheco.
No entanto, ele não leva em consideração os emigrantes espalhados pelo mundo, como nos Estados Unidos, Brasil, Argentina, França, etc. Então quer dizer que o número pode ser bem maior!
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Então, gostou de conhecer essas curiosidades sobre a Campânia? Se acaso conhecer outras, compartilhe conosco usando a caixinha de comentários!
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