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12 Curiosidades sobre Nápoles


Por mais que se diga, se narre ou se pinte, Nápoles supera tudo: a beira da praia, a baía, o golfo, o Vesúvio, a cidade, os campos mais próximos, os castelos, os passeios… eu desculpo todos aqueles aos quais a vista de Nápoles faz perder os sentidos!“. Isso foi escrito por Goethe em 1787 em seu diário, durante sua estadia em Nápoles.

Terceira cidade mais importante da Itália, depois de Roma e Milão, capital da Campânia, Nápoles é o coração do sul da Itália. Tanto cheia de contradições quanto de história, detém um patrimônio artístico e arquitetônico de grande importância.

Vamos então conhecer algumas curiosidades sobre Nápoles?

 

1. Nápoles, a nova cidade

O nome Nápoles deriva da palavra grega Neapolis, isto é “nova cidade”. Além disso, ela é uma das cidades mais antigas da Europa, pois os colonos gregos a fundaram no ano 470 a.C.

2. Nápoles é uma das maiores cidades da Itália

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Nápoles é a terceira maior cidade da Itália depois de Roma e Milão. De fato, ela conta com uma população de cerca de 2 milhões de habitantes.

3. Tem uma das paradas de metrô mais bonitas da Europa

Toledo, uma estação da linha 1 do metrô de Nápoles, é linda, a ponto de ser considerada uma das mais bonitas estações de metrô da Europa.

De fato, esta estação tem um design incrível, baseado em temas de luz e água. Um trabalho chamado “Painéis de luz” de Robert Wilson ilumina o corredor da estação. Além disso, Toledo faz parte da rede da cidade das chamadas Estações de Arte de Metrô. ”

Enfim, as Estações de Arte, distribuídas ao longo das linhas 1 e 6 da rede do metrô de Nápoles, incluem mais de 180 peças de arte criadas por 90 autores internacionais e por alguns jovens arquitetos locais.

4. A primeira pizzaria do mundo

Fundada em 1738, a “Antica Pizzeria Port’Alba”, é considerada a primeira pizzaria do mundo.

No entanto, até 1830, as pizzarias não eram como as que conhecemos hoje em dia, não eram lugares onde se pudesse sentar e comer pizza. De fato, eram laboratórios, lojas de verdade, onde então todos os vendedores ambulantes iam pegar as pizzas para vendê-las nas ruas da cidade. E a Pizzeria Port’Alba era um desses lugares.

Enfim, além de ter aquela que seria a primeira pizzaria do mundo, é em Nápoles que foi criada a pizza mais conhecida do planeta, isto é, a Pizza Margherita!

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5. O centro histórico é Patrimônio da Unesco

O Centro Histórico de Nápoles é um dos locais culturais reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade na Itália.

De fato, ele foi inscrito na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO em 1995 e tem uma área de mais de 1000  hectares.

De qualquer forma, até hoje, o tecido urbano contemporâneo na Nápoles moderna contém e preservou os elementos de seu longo e histórico passado. E isso fica evidente na riqueza de edifícios históricos, padrão de ruas e monumentos importantes encontrados no centro histórico de Nápoles.

 

6. Existem 448 igrejas em Nápoles

Fachada da igreja del Gesù Nuovo em Nápoles

A cidade das 500 cúpulas”, assim foi definida Nápoles, porque este é aproximadamente o número de suas igrejas.

Nos becos e praças, incluindo as belas torres e casas históricas, as igrejas de Nápoles encantam turistas e locais. Elas mostram a arte gótica e barroca e as hibridizações nascidas da fusão de diferentes estilos, bem como as integrações realizadas, por exemplo, depois de terremotos ou bombardeamentos.

Enfim, entre as principais igrejas de Nápoles, estão a de San Francesco di Paola, a Chiesa del Gesù Nuovo, a igreja de Santa Clara, a igreja do Purgatório ad Arco e, claro, a Catedral de Nápoles.

7. Um amor louco por Maradona

Um “altar”em louvor de Maradona no Bar Tito, no centro histórico de Nápoles.

Ainda estou tentando entender como explicar o amor de Nápoles por Maradona em um só parágrafo. Não dá.

É algo tão desmedido, tão fora da compreensão de quem não é um torcedor de futebol, que só indo a Nápoles e vivendo de perto esse amor, para entender melhor o que Maradona significou, e ainda significa para os napolitanos.

Maradona iniciou a jogar no time do Napoli em 1984 e foi um fato clamoroso. A equipe de futebol de uma das cidades mais pobres da Itália estava contratando o jogador mais caro do mundo na época.

Nesse ínterim, o Napoli foi se destacando no campeonato italiano e conseguiu conquistar o título na temporada 1986-1987.

Nenhum time do sul do continente jamais havia conquistado o título, mas o Napoli conquistou a dobradinha naquela temporada. As ruas ficaram inundadas com as cores azul-celeste do time e os fãs comemoraram por semanas, elevando Maradona a um ícone.

Como escreveu um jornal local, a cidade carecia de “um prefeito, casas, escolas, ônibus, emprego e saneamento, mas nada disso importa porque temos Maradona”.

8. …e por San Gennaro

San Gennaro (São Januário, em português) é o santo padroeiro de Nápoles e ele está ligado a um acontecimento polêmico, de fé, mas também muito curioso: o milagre da liquefação do sangue.

Segundo uma lenda, pouco tempo depois de sua morte, o sangue de San Gennaro teria sido coletado por uma mulher piedosa chamada Eusébia e colocado em ampolas encontradas próximo ao seu corpo.

Ao longo dos séculos, o sangue solidificou-se e adquiriu uma consistência parecida com pedras. Contudo, desde o século XIV testemunhas oculares atestam o fato de que essas partículas sólidas transformam-se em sangue líquido em dias santos especiais. E assim, para os napolitanos, este é um sinal de bênção e proteção.

9. Os napolitanos são chamados partenopeus

Sinônimo de napolitano, o termo “partenopeu” carrega consigo charme e sugestão, enquanto a origem, como muitas vezes acontece, se confunde entre história, mito e lenda.

Para entender por que os napolitanos são chamados de partenopeus, de fato, precisamos olhar para a mitologia grega e, em particular, para a figura de Partenope, lendária fundadora da capital da Campânia, cujo corpo, segundo a tradição, está localizado em Castel dell’Ovo, um dos monumentos mais famosos do Golfo de Nápoles.

Mas quem era essa mulher?

De acordo com a mitologia, Partênope era uma sereia lindíssima. Seu canto enfeitiçava os marinheiros que, seduzidos por aquele som, se perdiam e acabavam morrendo.

O único que conseguiu escapar foi Ulisses que, como conta Homero na Odisséia, evitou o perigo graças à sua astúcia: amarrado ao mastro de um navio, ouviu aquela melodiosa canção sem sucumbir ao encanto da sereia.

Esta, transtornada, sem aceitar a recusa, suicidou-se, jogando-se nas rochas. As ondas arrastaram seu corpo para onde hoje fica Castel dell’Ovo e, descoberto pelos pescadores locais, ela foi venerada como se fosse uma deusa.

Além disso, ao chegar perto do ilhéu, ela se dissolveu, dando forma a todo o território, consagrando Partenope a protetora imortal daqueles lugares.

10. A lenda do “Monaciello”

Certamente um dos personagens mais famosos do folclore napolitano é o “monaciello”.

Temido e mimado ao mesmo tempo, na crença popular era o espírito que habitava os edifícios de Nápoles. Se acaso o morador da casa fosse simpático ao “monaciello”, isso poderia fazer com que ele encontrasse dinheiro nas gavetas ou nos bolsos dos casacos.

Por outro lado, se acaso o espírito se ofendesse, o dono da casa demonstrasse pouca devoção ou afirmasse não acreditar em fantasmas, a vingança do “monaciello” era inevitável: desde as pequenas provocações, como o desaparecimento de objetos, a uma série de tapas , socos e chutes recebidos durante a noite ou em lugares escuros.

No entanto, o nascimento do mito do “monaciello” pode, na verdade, estar conectado à atividade dos pozzari, ou seja, homens que viviam nos subterrâneos e que administravam o abastecimento dos poços.

Eles se moviam pelos túneis com extrema agilidade e eram os donos indiscutíveis do subsolo. Devido à umidade muito elevada, eram obrigados a trabalhar com uma capa que cobria também a cabeça, dando-lhe a aparência de monges franciscanos, daí o apelido de “monaciello”.

De fato, os pozzari tinham acesso às casas das pessoas diretamente a partir dos poços e aproveitavam essa possibilidade, especialmente quando as mulheres estavam sozinhas em casa.

Nem precisa de muita malícia para imaginar que algumas visões do “monge” que os maridos tinham, ao voltar para casa, eram mais do que reais!

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11. Nápoles e a arte dos presépios

Bem no coração de Nápoles, à sombra de uma antiga estrada grega, você encontrará açougueiros, padeiros e lojas dos mais variados tipos se misturando com o Papa, Donald Trump, os Beatles e o menino Jesus. São estatuetas de aproximadamente 15 centímetros de altura, pintadas à mão.

De fato, este é o mundo mágico em miniatura dos presépios da rua San Gregorio Armeno, no centro histórico de Napoli.

Durante séculos, os artesãos de Nápoles criaram e pintaram elaboradas cenas de presépio envolvendo não apenas a sagrada família, mas também comerciantes de peixes, cachoeiras, anjos mecânicos e ícones improváveis da cultura pop.

12. Um amuleto da sorte

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O chifre napolitano, amuleto da sorte, é um dos emblemas típicos da superstição napolitana. Sem dúvida, é um objeto que consegue intrigar não só os locais mas também os turistas que visitam a cidade.

O’curniciello, como o chamam por aquelas bandas, não é apenas um símbolo de uma Nápoles supersticiosa, mas é uma verdadeira cultura inerente aos napolitanos e que não pode ser erradicada de forma alguma. De fato, os camelôs e as lojas de souvenirs são cheias desses “chifres da sorte”, obrigatoriamente vermelhos.

Para quem não conhece, o chifre não só tem “o poder” de dar sorte no amor, no dia a dia ou nos negócios, mas também, e principalmente, serve para afastar o mau-olhado.

Enfim, para quem diz que “a superstição é coisa de gente ignorante”, os napolitanos respondem “mas não ser surpesticioso causa má sorte!”.

 

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